Travessuras da Julia

Preto, branco, amarelo, albino. Um viva á todas as cores

Ontem vi o filme ” twelve years a slave” ( 12 anos de escravidão), e pensei: ” Uma história com mais de um século e no entanto, se repete em 2015.”

A verdade é essa,Há quem diga, que estamos em uma época de  regeneracão, eu dentro da minha burrice e ignorância, acho que nós, seres humanos, não mudamos. A verdade é que quando somos bons ( acreditem já fui um anjo), as pessoas nos tratam como imbecis, idiotas, que no mínimo servem para os outros tirarem proveito. E quando evitamos “distribuir” bondade, desconfiamos de quem é bom de verdade, pq aqui entre nós, pessoas REALMENTE boas, estão em falta no mercado ao meu redor.

Eu não vejo diferenca de cor, de credo, de raca e nem de ABSOLUTAMENTE NADA entre ninguém. Quanto racismo ainda existe no mundo, e como será que surge? Mais uma vez…educacão. São os pais, os amigos a sociedade, que diz, que ser negro é feio, que ser gay é coisa do diabo e por aí vai.

Me lembrei da primeira vez que a Julia viu um negro, ela era bêbe (não tinham muitos aqui no interior ). Na verdade, ela devia ter 1 ano e 2 meses, foi na primeira viagem dela ao Brasil, sentamos no aeroporto de Helsinki do lado de uma familia africana, pai, mãe e filhinha. Comecamos a conversar, quando nos demos conta que a Julia e a outra crianca, estavam caladas, olhando fixamente no olho uma da outra e do nada, comecaram bem devagarzinho a irem se tocando no rosto, na mãozinha, e continuavam a se olhar, de repente comecaram a sorrir uma para outra, mas o tempo todo se olhando com uma cara de  quem diz. “Meu Deus, vc é tão diferente!”.

Fernanda chegou aos 18 anos, sabendo que: Julgar é feio, falar mal das pessoas por trás delas é deselegante e discriminar é o pior de tudo.

Julia está tendo a mesma educacão, espero que quando chegar a adolescência, ela tenha ótimos amigos que pensem igual á ela. Que todos somos iguais.

Para quem pensa que na Finlândia não tem racismo, continue pensando.

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Taí a foto que não me deixa mentir:) Achei no nosso album de viagens… Há e o filme? Vale realmente a pena ver, um filme tocante.